domingo, 18 de abril de 2010

FERLINAMENTE DEMAIS

Olhos de tigre sem máscara...

Despudorado em selva de meios e fins
Brilha no escuro,
Nos meandros da selva
Vorazmente ecoando,
Rugindo
Nos meus prantos,
e nos encantos distantes de minhas conquistas desesperadas
Onde estão tuas listras,
Meu pequeno gato listrado?
Grande tigre enjaulado num coração
Por demais para ti apertado!
Liberte-te de tais grades, saia do fundo obscuro, percalço de alçapão...
E corra na relva agradecida por teu ébrio divagar
Em fratricídio incestuoso de beijos e garras
Juba de leoa em pele de tigre
Livres felinos
Dançando a luz da remota lua
Para onde foram tuas garras
Menino de bengala,
Dos extremos orientais?
Absolutamente desorientado
Em sua fidelidade felidae
Olhos de Penélope Pantera
Totalmente voraz
Na Meia noite das feras
Migre da penumbra do invalidado batido coração
Reescreva teu cardápio de homens
Assuma as rédeas de tua extinção
E viva de tudo liberto
Sem do amar a obrigação
Fazendo das tantas outras presas
Uma sinfonia de bacantes que estraçalham seu perfilhado Penteu
Aos pedaços com o amor, pura refeição
Livre da carne
Da alma
E de deus!
Livre da culpa...


Fer...lino Castro..... absolutamente exilado!

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