sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TEMPESTADE

Desce o manto da noite
Na escuridão um vazio,
Tece as agulhas costuras
Pontilhadas na alma, que
Veste a claridade no hiato do dia,
E sem mais tempo,
Ou calma,
Como um pássaro de realejo,
Sem aviso, foi embora!

Adormece as trevas na liberdade
Poente de um Sol desgarrado
Dos teus pedidos de desculpas,
Ofuscados,
Por uma lua minguante de loucura,
Sem retardo,
Costurando em tuas falas
Sepulturas

Assim se fez a argila em escultura,
De homens sem desejos,
De notas enroladas
Por uma música sem partitura,
Sem partir,
E sem ficar, sem
Nunca mais ficar
Impermeável,
Intransitável,
Incomunicavelmente tua...

Enlouqueces assim
Com o pez negrejado
Desgarrado das ruas, e
Prometes sentir a
Iluminação dos postes
Nos caminhos da semeadura
De tuas lágrimas e ruas
Escorregando pelo corrimão!
Pela escadaria dos fatos
No abjeto de teus atos,
Onde as lágrimas do Sol
Encontram o riso da escuridão!

Desvaneces assim
A invulnerabilidade de tua
Negação,
Derretendo a resistência
Como um alfabeto glacial
Nas penas próprias de contradição
Nos sufixos sem propósitos
Acumulados desde a primeira
Simplória,
Inverídica comunhão...
Do homem com a mortalha
Do metal com a espada
Sem lógica e sem bainha, sem
Destreza nas mãos
Inválidas para a luta,
Pensadas para dançar,
Sorvendo e distribuindo
Alegria
Pelos objetos em que espontânea e
Livremente
Com sua alma
Faz tocar!

A tempestade se delicia com a incerteza dos alicerces,
E a grande fúria multiplica
Os raios na batalha,
Na grande conquista, onde
Ouro será transformado em palha,
E a terra, Terá valor...
Assim cantam os anjos na tua alma,
Rebenta, sedenta pela real
Experiência, rendida
Extenuada e sofrida
Com a desleal concorrência
Do seu racionalizado
Instinto animal, que
Mesmo com a dispensa cheia,
Clama por insensata sobrevivência,
Quando,
Já sobrevives,
Quando já regozijas
Quando num estado último de clemência
Basta além da demência existir
E preencher os teus buracos
Com os antônimos da tua ausência !!!

E Deus criou o homem...

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E Deus desfez a mulher
Em suas intimidades,
em suas ondas de pele
E musculo,
acentuando suas fragilidades
em desacordo
com a violencia sutil
da sua resposta febril
ante o mundo e sua
Infinidade..

Ante a perplexao de
um homem e sua
absoluta incontensao, seu
visceral descontrole
na mais aparente
falta de solu'cao...as suas
pernas que tremem e
na impotencia mascarada
pela vergonha de dizer
Nao posso...
se estabelece o
esplendedor  de uma
Lua feminina
para tudo que significa
Nosso!

Tudo que jamais respondeu
quem sou Eu,
e da onde vim,
se da pobreza ou realeza,
de um ser, so nos
resta uma unica
certeza de um ventre
chamado natureza
para aquilo que der
ou vier, so nos resta
na boca, a contingente
e unica resposta
de ter nascido da vida
de uma unica mulher!

E portanto
na furia mais juvenil ou na
reflexao
mais madura
so nos resta a mesma
resposta para refrear
toda a loucura...
Se no planeta de homens
comandando homens
sem decoro, sem
postura, sem
envergadura para manter
o equilibrio numa reta
qualquer,
que as redeas sejam dadas
e a comunhao governanda
por aqueles que dao a vida
pelas diretrizes de
uma mulher!!

E Deus refez o homem!


feeee cassss

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