quinta-feira, 6 de maio de 2010

um adeus

Os seus rancores, nao plantei,
Assim como os males
Que te cercam
Não cogitei,
Tampouco as dores,
E os quadros tortos na parede
Incolores
Não pintei
Estou certo do que digo
Mais do que ninguém
Eu sei
O quanto
Dos meus valores
Eu te dei
E o quanto
Do teus desamores
Com palavras dóceis
Repudiei
Pois entao
Não me digas
Que não te quis
Eu não me culpes
Por hoje
Quando me queres
E não me tens
Estar infeliz
Pois eu
No meu silêncio
De tudo já fiz
Com a minha ausência
Tudo falei
E gritei
E berrei
E esperneei
Para além das fronteiras
Para fora do mundo
O quanto te amei
Mas tu,
Moribundo
Calado e obscuro
De orgulho profundo
Fizeste-te surdo
Mudo,
Imundo...
Pois entao não me venhas,
Agora,
Depois de tudo,
Meu bem,
Me reivindicar
Porque não adianta
Querer escutar,
Quando finita a orquestra
As Palavras mortas
Que Até o vento
Custou pra levar...

fernando castro.... 06/05/10....para despertar!

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