terça-feira, 26 de novembro de 2019

BATOM VERMELHO 


Se você não vende mais tubaína
Não faça carnificina
O santo é o pai do negócio 
Mas meus Deus não aceita
Nem nunca aceitou Propina

Se você não falsifica a Gioconda
Senta comigo, a távola é redonda
Mas se ainda insiste na cabeceira
O que sobra
É tornozeleira 

Se gironda um dia foi criada
Salada de um credo hoje
Deputada
Se deputar não é ser puta
Por que corrupta
Vale mais, ou ainda é 
Sinônimo de puta?

Tem muita puta que não é puta
E muita astuta que é 
Muito mais puta que muito filho da puta 

Não só a mãe, mas a professora também ensina 
A própria filha, diplomada 
Ser mais uma “toga da filha menina que deputa”  
Não honra nem o pai, nem a mãe, nem a mulher
Cega que todo dia vai a luta, vai a missa, 
vai a esquina confessar seu pecado
"preciso levar pra casa
o aluguel, a luz, a fralda
e o escapulário" 

ante o cú do padre do que o mestre tributário

Mas vale mil meninas na esquina
Do que uma vira lata,
Na cesárea sangria 
do "eu sou culpado, mas não confesso" 

Hemorragia nacional  
advogados criminalistas milionários
velando aos ventos do congresso

Flatulência de mil instâncias
Não sobra nem um centavo
Só aumenta triste distância
Para aproximar o pão da barriga
e os olhos 
da melancolia 

mas para pagar os honorários
milhões defuntos da sucumbência
mil são os dromedários carregando 
as duas corcovas do cerrado 

nunca vi camelo na Amazônia
nem cobra escrevendo errado
numa corte imperatriz
onde juiz vira espantalho
e bandido,  carcerário
de quem?

ainda existe alguem
que nao se sinta
refém

qual tamanho da fome?
qual tamanho da latrina?



Se eu parto um marginal com a faca
Sou exaltado
Se parto um país
Sou canonizado 
Se parto pro estrangeiro
Sou exilado
Se parto a constituição no meio
Sou um cool “revolucionário” 


Esse negócio de esquerda 
Na direita, do semáforo
Parece coisa pra inglês vê,
Numa ilha onde a mão 
É invertida,  direita é na 
Esquerda, e andar reto 
Na linha, é manobra proibida

Isso vem dos cavaleiros
E dos livreiros, romance comensais
De uma lenda numa terra muito 
Antiga, de um tempo quase o novo medieval
Onde conduta e moral
Eram éticas, e andavam juntas
De mãos amigas, seja urbana
ou na zona 
zona rural 

Quando a cavalaria, a lança
Destra erguia, seu ginete era
Colossal, do outro lado da avenida
Agora, vamos parar de bafafá
Aqui não tem mais guerra do chá

Chato “mânico”hostil
Aqui a guerra é quase uma subliminar, tácita... 
Iminente 

Guerra civil
Se não arrancam cada fio
Daninhas ervas do meu terreno
A forca passa no pescoço 
Do supremo
Sem navalha obscura
Feio a foice cortando o feno
Ceifador tropicalista
Antidoto antagonista
Corta o veneno 
corta o direito fel
da mão sinistra 

Tétano não escolhe quem perfura
Feito a justiça
É cego, e humanitário
Feito a morte
É igualitário

O Ultimato tropical
Nas grades podres
Enferrujadas 
No cume JUDICIÁRIO

o laudo pericial 
no beijo do peculato 
o gosto do hino
nacional 
contra argumentos
apenas FATOS 







FC










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