quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tina Turner Me

Um cubículo chamado meta
A meta do amanhã
Por de trás de teus olhos
Que lhe arrasta, em sina
E de que nada ensina
A meta por de trás da cortina
Impede a luz de entrar
Impede o brilho na retina
A tal meta
A meta que chamam
Tina
Na bola de fumaça
Um cachimbo de cristal
Na bola de cristal
Um cachimbo de vidro
Paranormal
A tal meta na lata do poeta
Fazem dos olhos bailarina
Fazem da reta serpentina
A reta sem meta
A reta retal num sopro venal
Na matinal respiração
Da Tina de todos os dias
A meta de vida
Sem meta, sem reta
Na amplidão de uma ausência
Que as vozes calam Tina
E que sem pressa
Para atingir o seu premio
A sua meta
Te devora devagar,
Com mordidas paulatinas
...



Fernando Castro

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